segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Mandalaterapia

A terapia das mandalas proporciona hamonia da mente, ajudam a desbloquear emoções e sentimentos, a fim de elevar nosso estado interior ou mesmo ativar e canalizar determinados tipos de energias.

Podemos trabalhar com as mandalas através do colorir, que são as que exporei aqui no blog, mas também através da construção e da vizualização.

Como colorir uma mandala:
  • Pode ser colorida de lápis de cor, giz de cera, pelo computador ou com tinta.
  • Deve ser colorida seguindo uma simetria, ou seja, girando o papel sempre se vê o mesmo desenho e sempre do centro para a periferia. 
  • Não se preocupe com o tempo gasto para terminar a Mandala, às vezes este pode levar dias.

Você encontra livros de mandalas para colorir nas livrarias e na internet  existem várias disponíveis.

Medite com a sua Mandala:

Mandala, em sânscrito, significa círculo. No budismo, os desenhos esféricos com padrões repetidos - símbolos de unidade e totalidade - são usados em estado meditativo. Ela facilita o contato com o coração, o inconsciente e as forças universais.

1. Sozinha, em um local tranquilo, separe folhas de papel em branco, lápiz de cor ou giz de cera.

2. Concentre-se, trace um círculo e comece a esboçar os desenhos - os motivos podem ser abstratos ou figurativos e devem ser criados do centro para a periferia do círculo. Escolhas cores representativas das sensações do momento.

3. A mandala não precisa ser totalmente preenchida. Quando sentir que terminou, obeserve a sua obra. Repare se o círculo o atrai, como os desenhos se afastam ou se aproximam do centro.

4. Concentre-se e imagine que você está mergulhando na mandala. Dirija-se até o centro dela e permaneça enquanto conseguir manter a concentração.

5. Imagine-se saindo do círculo e volte a observar a mandala.

6. Guarde o papel e mentalize-a. Não se preocupe em analisar nada. Aos poucos, é provável que os símbolos e as cores ressurjam em forma de intuições ou de sonhos, trazendo insights significativos.

A medida que vamos desenhando, vamos nos organizando internamente, entrando em contato mais profundo conosco mesmo, o que nos leva a atingir a paz interior. Quando desenhamos uma mandala e essa não parece agradável, recomenda-se a desenhar outra até conseguir um estado de satisfação.

“A contemplação de uma mandala deve trazer paz interior, uma sensação de que a vida voltou a encontrar a sua ordem e o seu significado.”
Carl Jung

Um Caminho de Volta ao Centro

Um ponto é o  verdadeiro centro de um círculo. Ele não tem dimensão e nem lugar e faz parte de uma outra ordem de ser, existe para além do mundo. O ponto simboliza a unidade, a totalidade, a perfeição, sendo por isso também em várias culturas um símbolo de Deus.

O ponto contém tudo em potência e não em estado manifesto. Como a semente e a planta adulta onde podemos reconhecer que no pequeno (semente) já está contido o todo (planta adulta). A lei do mundo é o movimento, a lei do centro é a quietute.

Vivemos no mundo da forma e estamos sempre insatisfeitos,  pois este nos inquieta, nos angustia, nos adoece. Carregamos em algum lugar profundo do nosso ser, um anseio que vem da sensação de que nossa vida pode ser bem mais do que é. Bem mais que trabalhar, pagar as contas, se casar, criar filhos, conquistar bens e consequentemente segurança material.  Há em nós uma sensação de que existe um estado em que podemos viver com mais satisfação e segurança interior. Onde somos capazes de sentimentos profundos, de prazer elevado e de entrega à vida sem medo.
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Sofremos, nos sentimos perdidos porque nos afastamos do nosso centro, do que verdadeiramente somos. E agora estamos a procura dele, pois só quando encontrarmos é que poderemos nos livrar de toda insatisfação que sentimos. Mas vocês devem estar se perguntando, onde podemos encontrar esse ponto? Na verdade, em parte alguma, porque ele não é uma localização precisa e em toda parte, pois ele é a base de todo nosso ser.

Quando Cristo declara "Ninguém chega ao Pai senão por mim", isso significa que há um só caminho para o céu ou para Deus, e que esse caminho leva, através do único centro da unidade adimensional e atemporal, de volta ao paraíso onde Adão e Eva ainda não sabiam que eram diferentes um do outro, porque na unidade não existe diferenciação.

Ao lado desta sentença do Cristo, há uma outra que a complementa: "Porque em verdade vos digo que o Reino do Céu está dentro de vós". Desse modo, a mandala passa a ser um mapa, não apenas de todo o universo, mas do panorama interior da nossa alma. Não é, portanto, de se admirar que por toda parte surja o mesmo mapa como sinal e símbolo, e que também seja reconhecido, em toda parte, pela essência interior de cada homem. Este símbolo sempre existiu e permanecerá para sempre, pois existe em em todos os níveis. Ele não permite que o elimine da Terra. Seja o que for que façamos à mandala , ela sempre ressurgirá e sempre tornaremos a reconhecê-la, que seja de um revolucionário ou na rosácea de Notre-Dame. 

A vivência da mandala nos ajuda aprender a trabalhar nossos círculos, a fazer com que eles se tornem cada vez menores até que toda a nossa vida gire em torno Dele. É um caminho pessoal que nos leva de volta ao centro.

domingo, 23 de janeiro de 2011

O Que é uma Mandala?

A palavra "mandala" vem do sânscrito, sendo assim de origem oriental. Na consciência da maioria das pessoas, as mandalas têm efetivamente algo de oriental, porém elas encontram-se igualmente nas raízes de todas as culturas e vivem nas raízes de todo ser humano.

As mandalas estão por toda parte: na arte, escultura, arquitetura.  Ela é passado, presente e futuro. Dos povos primitivos ao homem contemporâneo, a disposição circular sempre foi largamente utilizada em suas construções e agrupamentos.

Nos rituais mágicos não pode faltar o círculo protetor. Nos rituais de cura e iniciações os participantes arranjam-se em círculos ou são colocados dentro deles. As crianças aprendem a brincar de roda e seus primeiros desenhos são tentativas de imitar um círculo. Essa é a disposição do universo e da natureza, que não criam linhas retas; estas, são um produto puramente humano. Usando um pouco de sensibilidade percebemos que temos no círculo algo de sagrado, de místico e de essência incogniscível.

O que todas as mandalas de todos os tempos têm em comum é o ponto central uno, sem existência material.  Toda polaridade é anulada. A mandala é muito mais do que podemos ver. Quando falamos de uma casa, por exemplo, nos referimos de modo geral às suas paredes e teto.  Quando falamos de mandala, estamos interessados, na verdade, no espaço entre as parede, que, no entanto, não se pode construir nem vender; em compensação podemos ficar dentro dele. Só se pode entender da mandala o fato de que o essencial escapa ao entendimento; isso, no entanto, podemos entender! O entendimento está relacionado com a polaridade, com o espaço e o tempo. Onde estes dois deixam de existir, deixa também de existir o entendimento.

O poder de uma mandala está relacionado ao seu padrão de formas, cores e estrutura munérica. Estes elementos têm uma simbologia que se baseia na numerologia, na cromoterapia, assim como o conhecimento que o ser humano já tem em relação à visão e como as formas são percebidas por nossa mente e retina. Cada elemento é responsável por parte das vibrações que um mandala é capaz de emanar na sua totalidade. O poder das mandalas está exatamente naquilo que não podemos alcançar com palavras. Ela é expressão do nosso subconsciente, por isso considerado um símbolo que exprime as riquezas incontáveis do subconsciente humano.